sábado, 28 de setembro de 2013

Conselhos úteis pra transformar sua cara-metade em uma companheira de cervejada


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Desde a adolescência você sonhava que um dia ia cair no teu colo aquela menina legal, inteligente, divertida, e que, ainda por cima, era gostosa. Essa seria a sua namorada, e talvez, forçando um pouco a barra, sua futura mulher. Vocês se divertiriam juntos pelas baladas e pelos bares. Pelos bares? Sim, porque essa menina linda e gostosa dos seus sonhos iria curtir uma cervejinha assim como você.
O tempo passou, a Lusitana girou e então pintou a tua gata. Ela é mais ou menos do jeito que você sonhava, algumas coisas a mais outras a menos, não importa. Deu liga, rolou química e vocês curtem se divertir  pelas baladas e pelos bares, com uma terrível diferença: ela não gosta de cerveja. Não tanto quanto você, pelo menos. Pra ela, cerveja é “amarga”, ruim, eca. Nos bares, ela prefere vinho, caipivodka, daiquiri, ou até mesmo, horror dos horrores, coquetel de frutas sem álcool.

Primeiro, saiba do que ela NÃO gosta

Nada de desespero, meu bom guerreiro! Conheci um cervejeiro que me disse certa vez que se uma pessoa diz que não gosta de cerveja é porque ainda não encontrou a cerveja certa pra ela. Com a imensa variedade de tipos de cerveja que existem de uns tempos pra cá no Brasil, é moleza você transformar a sua gata numa apreciadora de cervejas assim como você. A gente te ensina o caminho das pedras pra você atingir esse sonho que parece impossível – mas não é.
Pra começo de conversa, nove entre dez chances de a sua musa não curtir a cerveja que um dia foi apresentada pra ela. E, nove entre dez chances que essa cerveja foi aquela “pilsen” do boteco. Então, partamos do princípio: Tua garota não gosta de PILSEN! Mas e os outros estilos? Arregace as mangas, e vamos ao trabalho!

Cervejas de frutas: Tiro certeiro

Comece levando-a a um bar que tenha no mínimo umas vinte opções de cervejas diferentes. Alie esse requisito a um ambiente legal e que não vá assustá-la (ambientação é uma das “frescuras” mais apaixonantes nas mulheres…). Bom atendimento (com staff que saiba falar sobre as cervejas) e existência de copos ideais pra cada breja são fundamentais pra essa nova experiência!
Tua gata gosta de caipirinhas e coquetéis de frutas? Ótimo, você já começou o jogo com o controle de bola: Mande descer as cervejas de frutas pra ela! De saída, pra surpreender mesmo, uma Bacchus Frambozenbier, que vem embalada como presente e tem gosto de framboesas frescas. Emende com cervejas com adição de cerejas, como as Kasteel Rouge ou St. Louis Kriek. Quer que ela se sinta como se estivesse comendo o doce da vovó? Tente a brasileira Sauber Pumpkin Ale, com abóbora e um toque irresistível de cravo.

Para as chocólatras

Ok, ela é chocólatra. Sem pânico! A breja inglesa Well´s Double Chocolate Stout tem adição de chocolate de verdade na receita, e tem aroma parecido com aquele ovo de Páscoa que você deu pra ela uma vez. Outras cervejas não contém o doce na formulação, mas seus maltes são tão caprichosamente torrados que são como se tivessem, caso da nacional Falke Ouro Preto ou da inglesa Fuller´s London Porter.

In vino veritas

Então ela se liga em vinho? Aí é que você vai brilhar! Há uma enorme oferta de cervejas que possuem toques vínicos, com muitos aromas e sabores bem parecidos. Pra ela se sentir em casa, uma ótima opção é a belga Gouden Carolus Cuvée Van de Kaiser Blauw, cuja garrafa também é vedada a rolha, como os bons vinhos. Vá além e apresente a ela outras brejas clássicas: Fuller´s Vintage Ale (maturada em barris de carvalho), Gouden Carolus Classic, Samichlaus Classic, e tantas outras (se o bar for realmente bom, pergunte ao garçom, ele te ajudará).
E que tal surpreender apresentando à sua cara-metade cervejas brasileiras com ingredientes inusitados? A linha Colorado, de Ribeirão Preto, é a pedida: Cauim (com mandioca), Appia (com mel), Indica (com rapadura) e Demoiselle (com café) arrebentam.

Cervejas infinitas

Há inúmeras outras opções de cervejas excelentes pra contemplar o fino paladar da patroa, como Fuller´s Honey Dew (com mel), Well´s Banana Bread (isso mesmo, com banana), Sauber Ginger Ale (com gengibre), Margriet (com rosas)… Tudo vai da sua sensibilidade como macho-alfa e príncipe dos sonhos dela, o cara que a entende melhor do que ninguém e saberá exatamente o que ela quer. O seu desafio – e como guerreiro que é, você não é de recusar desafios – é “casar” os gostos dela com as cervejas que tem à mão.
E assim, gafanhoto, você transformará aquela gatinha bebedora de coisinhas docinhas mimimi em uma companheira de cervejada pra vida toda, pode escrever aí! Agora, se mesmo depois de tentar essas barbadas todas que eu te passei ela ainda não se ligar em cerveja, mesmo que seja umazinha só, aí meu amigo… Considere a hipótese de substituição de cara-metade. Sem medo. Com tanta cerveja diferente dando sopa por aí, não gostar de nenhuma é diagnóstico certeiro de chatice congênita e incurável.

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