quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Xarope Simples de Cardamomo

 

Xarope Simples de Cardamomo

Então, artesão, você vai ter que deixar crescer um bigode e começar a cobrar US $ 15 por bebida de seus amigos.

Xarope simples é apenas isso; simples. Misture partes iguais de água e açúcar, leve para ferver e voilà, você tem um adoçante para coquetéis, bebidas, pratos, o que for. Tínhamos alguns frutos de cardamomo verde que sobraram de um experimento anterior e decidimos complicar um pouco nosso xarope simples. Os resultados são picantes, à base de ervas e ligeiramente cítricos, misturando-se bem com gin e vodka (sugestão, sugestão).

Equipamento necessário: 1 pote QT, faca de cozinha, batedeira, peneira, pote / garrafa de compressão / recipiente para reter o produto acabado

Ingredientes:

  • 1 C de água
  • 1 C de açúcar ($ 2,39 / 2 lbs)
  •  Vagens de cardamomo verde de 1/4 C (o preço varia, mas será significativamente mais barato se você tiver uma loja de especiarias incrível como a de Kalustyan nas proximidades; cerca de US $ 6,99 / onça)

Preparação:

  • Adicione a água e o açúcar à panela e bata rapidamente para dissolver um pouco do açúcar.
  • Coloque a panela em fogo alto. Pegue suas cápsulas de cardamomo e quebre-as. Adicione os frutos e suas entranhas à mistura e bata tudo junto. Leve para ferver mexendo ocasionalmente. Desligue o fogão e deixe a calda esfriar.

Mexa para garantir que o açúcar se dissolva e o cardamomo esteja na absorção máxima.

  • Assim que a calda esfriar até a temperatura ambiente, coloque a peneira sobre o recipiente de sua escolha e despeje a mistura. Certifique-se de ter retirado todos os pedaços de cardamomo, sele-o e coloque-o na geladeira. Deve durar alguns meses, mantida fria em um recipiente hermético.

Use uma peneira; ninguém gosta de xarope em borracha.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

No que consiste a lei do mínimo esforço?

 

No que consiste a lei do mínimo esforço?

 09 novembro, 2017

No que consiste a lei do mínimo esforço?

A lei do mínimo esforço reflete uma verdade que quase todo mundo conhece, por puro senso comum. Ela diz que quando algo pode ser feito de diferentes maneiras, sempre a melhor opção é a que implica o menor gasto de energia. Por quê? Porque é mais eficiente: nos leva a obter o mesmo resultado realizando menos esforços.

O esforço é um atributo que confere mais valor, objetivo e subjetivo, aos projetos. Uma pedra preciosa tem mais valor porque é mais rara e, portanto, é preciso realizar mais esforços para encontrá-la. Uma meta alcançada é mais valorizada quando traz implícita a superação de grandes obstáculos. Assim, em princípio, podemos dizer que estamos de acordo que o esforço é um valor positivo e louvável.

No entanto, nem sempre um esforço maior gera melhores resultados. Por exemplo, é possível fazer contas à mão. Somar, subtrair e fazer todas as operações através de cálculos manuais. Mas também é possível conseguir o mesmo resultado usando um software em muito menos tempo e com uma garantia maior de ausência de erros. Nesse caso, a quantidade de esforço empregado não é proporcional aos resultados obtidos. Na verdade, no primeiro caso, houve um desperdício de energia.

A lei do mínimo esforço não se propõe a eliminar a dificuldade nem nos encoraja a escolher apenas tarefas fáceis. O foco se concentra sobretudo em encontrar uma maneira de reduzir o esforço necessário para alcançar um objetivo. Vamos analisar com mais detalhes a seguir.

 “O segredo da minha felicidade está em não se esforçar por prazer, mas em encontrar o prazer no esforço.”

-André Gide-

Mulher voando e pintando borboletas

1. Os obstáculos e a lei do mínimo esforço

A lei do mínimo esforço está estreitamente relacionada com renunciar ao controle e deixar tudo fluir naturalmente. Algumas pessoas podem pensar que se trata de uma perspectiva que exalta excessivamente uma atitude de descontração ou de despreocupação, mas não é verdade. Uma coisa é buscar o caminho mais simples, outra muito diferente é ser negligente e irresponsável.

No fim, trata-se de assumir uma nova posição frente aos obstáculos. As dificuldades estão aí. Nós as encontramos na maioria das tarefas cotidianas. Às vezes realizamos esforços enormes e, apesar disso, as coisas não saem como esperávamos. Nós nos sentimos exaustos por tudo que precisamos fazer e cada vez custa mais empenhar a nossa vontade para conquistar o objetivo proposto.

A atitude obsessiva frente ao trabalho nos leva facilmente ao estresse e, em seguida, ao bloqueio. É nesse momento que ficamos entre a total resistência em continuar trabalhando e a obrigação de fazer o trabalho. A energia emocional que empregamos nessa questão é tanta que acabamos completamente exaustos, ao mesmo tempo em que nossos resultados não são os melhores.

Apenas um passo separa essa situação da frustração constante. O que fazemos não é proporcional ao que conquistamos. Lutamos muito para nos concentrar nesses compromissos de trabalho e acabamos ficando cansados. Mas mesmo assim precisamos cumprir com o nosso dever. É nesse momento em que percebemos um dos princípios da lei do mínimo esforço: a produtividade não depende da quantidade de energia empregada, mas da clareza e da inspiração que orientam as ações.

Homem sem camisa com asas

2. A inspiração e a produtividade

Segundo a lei do mínimo esforço, o fácil em princípio deve ser considerado como positivo. Essa lei também coloca que menos é mais e que “bom” é suficiente. Em outras palavras, os caminhos mais simples, que implicam menos esforços, são os melhores. Mesmo assim, salienta que há situações nas quais uma atitude menos perfeccionista pode nos levar a obter melhores resultados.

Há muitas maneiras de fazer as coisas, mas nem sempre estamos conscientes disso. Às vezes nem sequer sabemos ao certo qual é o método que utilizamos. Talvez estejamos acostumados a realizar as atividades da mesma maneira como vemos os outros fazendo ou como alguém nos disse que devemos realizar. Mas não paramos para pensar se na verdade o caminho que escolhemos é o melhor para atingir nossa meta.

A lei do mínimo esforço diz que se você se sente exausto, bloqueado ou farto de uma atividade, não deve continuar. Seu corpo e sua mente estão gritando para você parar. Você chegou a esse ponto por realizar as tarefas de uma maneira mecânica e está pagando o preço. Ao ficar quieto, ao não fazer nada, ou ao realizar uma pausa, você induz uma mudança no esquema.

É o momento de fazer alguma coisa para recarregar suas energias. Alguma coisa gratificante que permita obter uma perspectiva diferente. Depois, o passo seguinte é refletir sobre como você enfrenta os seus compromissos. Existe uma forma mais simples de realizá-los? Existem passos desnecessários que você poderia eliminar? Pense em cinco maneiras diferentes de fazer a mesma coisa. Analise. Questione. Deixe a criatividade fluir. Permita que a inspiração apareça e você vai ver como surgem métodos melhores e, sobretudo, mais fáceis.

Mulher com o rosto pintado

3. A mente deve encontrar um caminho para fluir

Estamos de acordo que uma mente fluida é mais eficaz e poupa muitos esforços. O que muitas vezes não sabemos é a maneira de conseguir permitir o fluxo da mente. Segundo os princípios da lei do mínimo esforço, devem ser cumpridas cinco condições para que isso ocorra. São as seguintes:

  • Trabalhe em você para reclamar menos e parar de culpar os outros.

  • Não tente mudar uma situação porque sim, mas aceite-a, procurando compreendê-la.

  • Tente observar seu problema como se você fosse um espectador, e não o protagonista.

  • Abra a mente e seja permeável às novas opções e aos novos caminhos.

  • Trabalhe para encontrar novas respostas e soluções, até que apareça alguma que realmente motive você a agir.

A resistência obstinada a aceitar as situações contribui apenas ao bloqueio. As reclamações, o culpar os outros e o renegar da realidade são formas de resistência. Quando você consegue superar essa rejeição à mudança de esquema, dá o passo decisivo para que a mente comece a fluir. Isso facilita o desenvolvimento da inspiração, com toda sua força criadora.

4. O mais importante: se divertir

Quando desfrutamos do que fazemos, geralmente obtemos melhores resultados. Isso é óbvio. Nos empenhamos naquilo que prende a nossa atenção e o nosso interesse. É um prazer nos dedicar a isso. O tempo voa e nós não nos preocupamos em fazer um esforço a mais para que tudo saia melhor. Nós fluímos.

Existe realmente uma maneira para que possamos desfrutar das nossas obrigações? Sempre há uma maneira de vincular qualquer atividade a jogos. Vamos supor que o que devemos fazer é algo entediante e mecânico, como inserir 500 registros em uma base de dados. E se tentarmos propor uma competição com nós mesmos? Por exemplo, medir o tempo e sempre tentar superar a nossa própria marca.

Mulher brincando com bolhas de sabão

A ciência diz que uma forma de nos ajudarmos a fazer essas tarefas que se mostram completamente entediantes é trabalhando nelas em intervalos de 20 minutos. Após esse período de tempo, sempre devemos fazer uma pausa, um descanso. Em seguida, repetir o ciclo. Você já tentou fazer isso? Tente e você vai ver como o número de erros diminui.

Conclusão: ser flexível

Colocar em prática a lei do mínimo esforço para que o rendimento seja benéfico requer inteligência. Boa parte das nossas atividades se desenvolvem em uma dinâmica na qual o que importa é a inércia. Raramente nós nos questionamos se o procedimentos rotineiros que oferecem bons resultados poderiam ter uma alternativa mais eficiente.

Assim, algumas das nossas “custosas” rotinas vão se transformando em uma espécie de camisa de força. Não apenas condicionam as nossas ações, como também condicionam o nosso pensamento, o que é mais importante ainda. Sem percebermos em que momento começou, acabamos vivendo a partir de esquemas rígidos, aos quais nos sentimos presos. É aí que a lei do mínimo esforço pode nos ajudar a escolher caminhos mais construtivos e eficientes.

O mais importante dessa perspectiva é que ela se centra na criatividade e no prazer. Também podemos introduzir hábitos que nos estimulem a ser mais imaginativos e a pensar mais no nosso próprio bem-estar. Escolher o caminho mais fácil nos torna melhores e nos permite alcançar resultados mais importantes.

 

UMA BREVE HISTÓRIA DO GELO NA COQUETELARIA E SUA EVOLUÇÃO – PARTE 1

EDUCACIONAL

história do gelo em nova york

⍟ O uso do gelo foi um divisor de águas na história da coquetelaria. Conheça os primórdios de sua utilização e a evolução para o artigo de luxo que é considerado hoje

Nem sempre o gelo foi esta guarnição sólida, transparente e bela que temos hoje. Nem de longe. Os primórdios da coquetelaria se confundem com o começo do uso do gelo, sua fabricação, exportação e também da chegada dele em nossos copos, nos mais diversos formatos e qualidades. A linha de evolução dele é crescente e, mesmo hoje, é possível que ainda não tenhamos chegado ao ápice de sua performance. Nesta matéria, dividida em duas partes, contaremos detalhes sobre sua história, os tipos de gelo e também sobre a indústria dos gelos gourmet que revolucionou o mercado.

Para começar, uma reflexão: se o gelo existe em nosso planeta deste sua formação, por que o uso deste item nos cocktails é considerado recente? Primeiramente, pela falta de tecnologia para produzi-lo e armazená-lo. Em segundo lugar, porque pouca era a demanda por bebidas geladas.

O gelo era ostentado por muitas autoridades como símbolo de riqueza. Conta-se, por exemplo, que imperador romano Nero, mandava trazer neve diretamente dos alpes para beber com seu vinho e impressionar seus convidados. O franceses e os gregos, por exemplo, também tinham o costume de trazer a neve e estocá-la em porões e casas de madeira para mantê-lo por mais tempo, usar em suas festas e também conservar alimentos.

O que separava o gelo do resto da humanidade era a falta de tecnologia para produzi-lo. Isso era uma questão de tempo.

SÉCULO XIX

Se antes era preciso guardar o gelo em locais especiais para conservá-lo, o século XIX veio para torná-lo mais acessível com os primeiros refrigeradores. Você pode conferir uma matéria completa sobre a história da geladeira neste link. Imagine que, antes disso ser possível, muito do gelo obtido na Europa e nos Estados Unidos era conseguido através de blocos de água congelada retirados dos lagos e também das geleiras encontradas durante a pesca. Na Noruega, por exemplo, o gelo era retirado e transportado de barco como exportação para outros países.

grandes cubos de gelo fora de um caminhãoTransporte de gelo cortado em grandes pedras em Sand Lake (Foto: Arquivo Nacional dos Estados Unidos)

Este tipo de gelo muitas vezes continha grande quantidade de impurezas, o que o tornava escuro, de rápida diluição e de baixa qualidade. Ele não era bonito e muito menos prático de utilizar. As barras maciças eram transportadas em caminhão e entregues aos restaurantes ou residências para serem cortadas e armazenadas, o que não era nada fácil de se fazer.

Com o desenvolvimento das primeiras produções de gelo para atender o mercado, emergiram os primeiros vagões refrigerados para trens, permitindo que o gelo fosse transportado para mais longe com menos perdas. O gelo chegava às massas e eventualmente serpenteava por trás do bar. Neste longo percurso, ele já era utilizado nos bares, mas raramente servido dentro dos cocktails, servindo apenas para resfriar as bebidas.

entregadores de gelo e seus caminhõesEntregadores de gelo americanos na década de 1930 (Foto: Mississippi Department of Archives and History)

SÉCULO XX

Quando teve início a Lei Seca nos Estados Unidos, em 1920, o gelo que estava dentro dos cocktails era muito menos importante do que conseguir tomar um drink. Porém, durante a Prohibition, as geladeiras foram ficando cada vez melhores na fabricação de gelo, menores e mais baratas graças à tecnologia – facilitando o acesso a este insumo.

Muitos drinks consumidos nesta época já eram preparados com gelo, porém era fácil encontrar aqueles que só preferiam uma boa dose de gin ou bourbon – os destilados contrabandeados e artesanais que foram dominando os Estados Unidos neste período.

Quando a proibição chegou ao fim, pouco mais de 1% do país tinha geladeira em casa. Em meados da década de 1950, esse número disparou para 80% – coincidindo com o retorno da coquetelaria ao cenário americano. Os bares precisaram se adaptar ao novo gelo que chegava ao mercado, menor e que poderia ser retirado diretamente de um dispenser refrigerado.

mulher abrindo geladeira antigaGeladeiras na década de 50

Com o passar dos anos e, consequentemente, com o aumento da demanda de bares e restaurantes por quantidades de gelo cada vez maiores, construiu-se uma forte indústria em torno do insumo, com entregas rápidas e produção em larga escala. Nos anos 70 e 80, por exemplo, já não era possível pensar em um mundo sem cocktails refrescantes, refrigerantes, sucos, raspadinhas e uma infinidade de outras bebidas servidas em temperatura ambiente. E quem é capaz de esquecer o gelo seco, então? Que construiu sua fama através da fumaça que saía dos copos nas festas? Ele também é parte desta história.

HISTÓRIA DO GELO EM SEU COCKTAIL

Não é de se estranhar que os americanos tenham sido os pioneiros no uso do gelo em seus drinks. Os imigrantes europeus, acostumados com os longos invernos e as temperaturas severamente baixas em países como Rússia, Alemanha e Irlanda, não conseguiam se acostumar com os dias e as bebidas quentes de cidades como Nova York, Nova Orleãs, Los Angeles e Houston, por exemplo.

Algo precisava ser feito. E no caso deles, o gelo (ou a refrigeração) era mais uma questão de necessidade do que dos desejos supérfluos do pós-guerra. Por isso, entre os bares e os cocktails ‘importados’ do velho continente, surgiram as primeiras adaptações com gelo – imagine, por exemplo, um White Russian em temperatura ambiente.

Então, dos drinks americanos com pouco ou sem gelo, como Rob Roy, Manhattan, ou uma boa dose pura de bourbon, os bares começaram a servir e criar novas bebidas refrescantes para os clientes. Talvez um dos maiores exemplos disso tenha sido a publicação da primeira edição do The Bartenders’ Guide, por Jerry Thomas, em 1862. Responsável por catalogar as mais diversas receitas americanas, ele incluiu, entre bebidas populares e frutas difíceis de encontrar naquela época, várias preparações com gelo.

Com a chegada do século XXI, muitas tendências foram deixadas de lado e o gelo era coadjuvante nas criações etílicas. Bom, isso até o início da década passada, quando o gelo começou a ganhar a atenção dos mixologistas do mundo todo – e do público também.

Confira amanhã a segunda parte desta matéria, que falará mais sobre a evolução do gelo na coquetelaria e o novo mercado surgido através dele.

Agora que você conhece o histórico do uso do gelo nos drinks servidos no seu bar, aprenda mais detalhes sobre a higiene necessária para proteger a saúde da sua clientela:

O gelo do bar e cuidados com a saúde do client